Páginas

segunda-feira, 18 de junho de 2012

5º Dia de Desfiles São Paulo Fashion Week by Sejamos Chiques

Reinaldo Lourenço


Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite

Abrindo o penúltimo dia de desfiles da SPFW, Reinaldo Lourenço levou para as passarelas uma coleção inspirada em uma marca italiana de lanchas de luxo para o próximo verão. Vestidos, saias e casacos estruturados com inspiração na moda sessentista deram o tom náutico-esportivo. Destaque para a elegância dos vários tons de azul da cartela de cores e para as estampas de barcos que apareceram em algumas peças. 


R.Rosner


Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


O estilista Rodrigo Rosner elaborou a sua coleção de verão inspirado na Hungria do século XIX, e o resultado disso foi uma coleção muito feminina, repleta de transparências e fluidez. Na cartela de cores a predominância foi do branco, com ligeiras pinceladas de preto, laranja e azul. Destaque para as rendas, as plumas e para as franjas de canutilhos que incrementaram e deram graça ao andar das modelos.




Gloria Coelho


Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


Como de costume, Gloria Coelho optou por elaborar uma coleção futurista para a próxima estação, com tudo o que a tecnologia pode oferecer de melhor. As peças de alfaiataria que referenciavam várias décadas, ganharam recortes em listras confeccionadas com tecidos transparentes e apareceram por toda a coleção. Na cartela de cores, branco, preto, vermelho, areia, cinza, laranja e azul.



Alexandre Herchcovitch (masculino)


Foto: Charles Naseh


A  coleção de verão masculina de Alexandre Herchcovitch foi inspirada no militarismo do Japão dos anos 40 e no surf, o que originou uma coleção bem esportiva e simpática. Destaque para as bermudas de alfaiataria, para as padronagens coloridas estampando os casacos com jeitão militar e para as calças mostrando os tornozelos.


Vitorino Campos


Foto: Charles Naseh


O estilista baiano Vitorino Campos optou por uma coleção clássica e feminina para o próximo verão. Camisas, vestidos e saias lápis apareceram em silhuetas rígidas, com cintura marcada e comprimento midi. Na cartela de cores o preto e o branco dominaram os looks. Bonitos, clássicos, mas um tanto austeros para uma estação que deveria ser mais colorida.


Lino Villaventura


Foto: Charles Naseh


Sempre teatral, o estilista Lino Villaventura apresentou uma coleção criativa e glamorosa para o próximo verão, repleta de vestidos longos e curtos, com uma riqueza impressionante de detalhes e materiais. Destaque para a coleção toda que encerrou o penúltimo dia de desfiles do SPFW em grande e chiquérrimo estilo.



domingo, 17 de junho de 2012

4º Dia de Desfiles São Paulo Fashion Week by Sejamos Chiques

Neon


Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


Como já era esperado, a grife Neon abriu o quarto dia de desfiles do SPFW com uma coleção intensa e vibrante, cheia de cores e estampas. Com inspiração cigana e étnica, o verão da marca contou com saias, lenços, pareôs, macacões, calças com amarrações, tecidos esvoaçantes e assimétricos. Destaque para a alfaiataria presente em algumas peças e para a cartela de cores diversificada.


João Pimenta

Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite



Inspirado no folclore da Folia de Reis e no militarismo, João Pimenta apostou em um verão de formas ajustadas para o público masculino. Os tons escuros e urbanos de grafite e marinho foram constantes nas calças de boca estreita e nas camisas acinturadas. O destaque da coleção ficou com os lenços usados no lugar das gravatas.


Juliana Jabour

Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite

Inspirada no personagem de Michelle Pfeiffer no filme Scarface e na moda setentista, Juliana Jabour levou para as passarelas do SPFW um verão contemporâneo e com muito brilho, conseguidos através das sedas, do lurex e outros tecidos metalizados em tons de cobre, verde-esmeralda, preto, rosa e nude. Destaque para as silhuetas variadas, ora ajustadas, ora soltas e para a aposta nas peças inteiras, como os vestidos longos e macacãos.


Jefferson Kulig

Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


Sempre muito minimalista, dessa vez, Jefferson Kulig investiu em um verão com uma pegada sustentável ao adotar tecidos biodegradáveis na sua coleção. Vestidos, jaquetas, calças e até camisetas apareceram com cinturas marcadas, formas ajustadas e muito femininas, repletas de assimetrias e sobreposições. Na cartela de cores, preto, branco, rosa, azul e metalizados se fizeram presentes.


Osklen

Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


A coleção intitulada "Endless Summer" apresentada pela Osklen fundiu o universo artesanal com o tecnológico para propor um verão arrojado. Algodão, linho, tricô e couro texturizado deram graça aos biquínis, vestidos-cangas e tops. Já o nylon holográfico apareceu associado à alfaiataria de saias metalizadas, nos vestidos mullet e nas calças de barra irregular.


Colcci

Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


O surf deu às caras no encerramento do quarto dia de desfiles com a coleção da Colcci. Peças com estampas de ondas e praias fizeram parcerias com peças lisas em tonalidades flúo. Destaque para o tradicional jeans da marca que apareceu em diversas modelagens e para o peplum que deu graça às saias.






3º Dia de Desfiles São Paulo Fashion Week by Sejamos Chiques

Água de Coco


Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


A grife de moda praia Água de Coco se inspirou na Turquia para o verão 2013 e abriu o terceiro dia da SPFW em grande estilo. A mistura do ocidente com o oriente foi vista nas microcalcinhas combinadas com blusões e tops que traziam estampas de mesquitas e balões. Destaque para as tramas naturais que deram um toque artesanal à coleção, e à paleta de cores que passou pelo off-white, o marfim, o laranja e o dourado.


Uma

Foto: Agência Fotosite


A Uma apostou em um verão confortável e minimalista, com predominância de cores escuras, looks monocromáticos e combinações clássicas de preto e branco. Pantalonas, vestidos, blusas frente-única e shorts-saia apareceram confeccionados em tecidos fluidos, levemente transparentes e adornados com franjas. Destaque para os comprimentos de médios à longos e para a silhueta alongada.


Adriana Degreas

Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


Mostrando o que é que a baiana tem, a grife Adriana Degreas como sempre apresentou uma coleção deslumbrante e cheia de referências à Bahia. Além dos biquínis e maiôs, foram vistos caftãs e  hot pants combinadas à camisões amarrados. Tudo muito amplo e estruturado e com toques do retrô da década de 50. Destaque para as novas versões de saias e vestidos de baianas transparentes e levemente brilhantes, para a cartela de cores sofisticada baseada principalmente no branco e no dourado e para as estampas de mulheres negras.


Forum

Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite

No último desfile do terceiro dia de SPFW teve dupla comemoração: a volta da Forum à semana de moda paulista e o aniversário de 30 anos da marca, que resolveu homenagear o Brasil em sua coleção para o próximo verão. A alfaiataria (veja aqui o que é isso) e os cortes retos e estruturados foram constantes nos vestidos, calças, saias e blusas, algumas contando com as texturas das rendas e dos jacquards. Destaque absoluto para a estamparia irreverente com os ícones do país, como Inhotim em Minas Gerais, a Orla de Salvador, o Edifício Bretagne em São Paulo e a tão famosa caipirinha.







sexta-feira, 15 de junho de 2012

2º Dia de Desfiles São Paulo Fashion Week by Sejamos Chiques

Paula Raia


Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite

Abrindo o segundo dia de desfiles da temporada de primavera-verão 2013 da SPFW, a coleção "o espaço no qual o ar se manifesta" da grife Paula Raia abusou dos longos, das costas nuas, dos recortes e das texturas para incrementar os espaços por onde o ar circula. Destaque para a delicadeza da cartela de cores que contou com off-white, pêssego, lilás e tons terrosos e para a fluidez das peças.



Ellus

Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


A Ellus transformou a inspiração corriqueira do fundo do mar em uma coleção moderna que mesclou esportividade com sofisticação. Passaram pela passarela, calças, hot pants, jaquetas em tons de branco, azul e preto. Destaque para as texturas imitando couro de peixe, para o nylon e os paetês que deram uma aparência molhada às peças e para as fendas dos casacos inspiradas nas guelras dos peixes.


Movimento

Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


O verão 2013 da marca Movimento foi pensado para aquelas mulheres fortes e determinadas, mas que não perdem a suavidade e a ternura. Para isso a marca fundiu as coloridas estampas tropicais com os cortes utilitários inspirados no estilo militar. O resultado foi uma coleção vibrante e confortável repleta de modelagens fluidas perfeitas para curtir a estação mais quente do ano.


Iódice

Foto: Google Images


A Iódice se inspirou no movimento das águas para criar a sua coleção para o verão 2013, que além das peças fluidas e delicadas que eram esperadas por conta da temática, também contou com peças mais ajustadas e de corte reto, como os vestidos tubinhos. Na paleta de cores, o rosa, o prata, o amarelo, o off-white, além do azul se fizeram presentes na coleção, cujos destaques ficaram para os comprimentos curtos e  midi, e para os simpáticos crochês.



Ronaldo Fraga

Foto: Zé Takahashi / Agência Fotosite


Finalizando o segundo dia de desfiles do SPFW, a coleção de Ronaldo Fraga que homenageou o estado do Pará apresentou peças em alfaiataria com modelagens amplas, confeccionadas em tecidos como o linho, a organza e o algodão. A coleção predominantemente branca teve como principal destaque, um mix de estampas tecnológicas com motivos da cerâmica marajoara inseridas por baixo das peças de linho através de uma tecnologia eletrônica. Tudo muito lindo e sutil.





terça-feira, 12 de junho de 2012

1º Dia de Desfiles São Paulo Fashion Week by Sejamos Chiques



Animale


Foto: ffw.com.br


Abrindo a semana de moda paulista, a grife Animale apresentou uma bonita coleção repleta de transparências, recortes e fluidez que mesclou sensualidade com uma pegada mais esportiva. A coleção "Safári Noturno" também contou com estampas animal print e tons terrosos empregados de maneira diferente do esperado, inovação que deu mais graça à temática africana.


Alexandre Herchcovitch

Foto: Agência Fotosite


O estilista Alexandre Herchcovitch apostou na descontração dos anos 80 e no cantor Boy George para o próximo verão. No desfile apresentado no SPFW viu-se a mistura de cores e estampas, em especial o xadrez, compondo looks pra lá de chamativos. Entre as cores adotadas, o amarelo, o pink e o vermelho foram as mais vistas, colorindo tecidos vinílicos e outros mais básicos, como o cotton e a sarja.


Tufi Duek

Foto: Zé Takahashi / Fotosite

Inspirado no universo da botânica, o estilista Eduardo Pombal criou uma coleção suave e delicada balanceada por alguns detalhes esportivos cuidadosamente pontuados. Com peças diversas, o ponto forte da coleção de verão da marca foram os vestidos, com babados e recortes extravagantes em referência às flores. Na paleta de cores, os tons flúor de rosa e amarelo dominaram, ao lado do nude do preto e do verde.


FH por Fause Haten


Foto: Zé Takahashi / Fotosite



Com uma pegada meio disco, Fause Haten apostou em um verão mega colorido e sensual. Decotes, transparências,  fendas e recortes permearam vestidos com estampas geométricas bem chamativas e com cartela de cores variada ao extremo. Destaque para as capas de tafetá de seda e para os colares de miçanga com inspiração africana.



Triton

Foto: Agência Fotosite


Encerrando o primeiro dia de desfiles do SPFW, a Triton se inspirou no oriente para elaborar um verão urbano e sóbrio, mas nem por isso sem graça. Estampas gráficas e sobreposições de peças foram vistos em peças como macacões, vestidos, saias e blusas, que ora remetiam aos origamis, ora aos quimonos. Apesar das cores básicas, o verde, o roxo, o pink, o turquesa e o laranja marcaram presença nos detalhes de cetim das peças.




quinta-feira, 7 de junho de 2012

Romântico, Dramático e Chique: assim é o Estilo Vitoriano

Como ficou constatado nas semanas de moda nacionais e internacionais, uma das grandes tendências para este inverno é o romantismo associado à características que conferem maior feminilidade aos corpos femininos, além do toque retrô que há muito tem influenciado as coleções contemporâneas.
Considerando todas essas influências, o Sejamos Chiques chegou à conclusão que esse é o momento perfeito para lhes apresentar o estilo vitoriano, que apesar de não estar sob os holofotes, agrega todas as tendências acima e tem tudo para deixar o seu visual de inverno ainda mais interessante e (como você já deve ter adivinhado) chique.

Foto: Google Images


O estilo vitoriano surgiu na Inglaterra do século XIX, no reinado da Rainha Vitoria (por isso o nome) e até hoje é influenciado pelo modo de vestir da sua corte.

Foto: Google Images


Entre as principais características do estilo vitoriano estão os babados, as mangas bufantes e boca-de-sino, os laços, as rendas, os drapeados e os tecidos adamascados, tudo muito romântico, suntuoso e com aparência dramática.


Foto: Google Images


A mistura de preto e branco também é frequente nos looks em estilo vitoriano (acima), bem como o uso de camisas de manga longa, que podem ou não vir acompanhadas de corpetes ricamente trabalhados (abaixo).

Foto: Google Images

Foto: Google Images


Duas outras características marcantes do estilo são as golas altas e a ausência de decotes (acima), que apesar de totalmente fechados recebem detalhes como babados, laçarotes, rendas e botões (abaixo). 

Foto: Google Images


Abaixo, alguns exemplos de joias em estilo vitoriano. Colares, brincos, braceletes, anéis, camafeus e até grampos de cabelo bastante chamativos, em metais trabalhados com motivos orgânicos. Ao usar uma roupa em estilo vitoriano, opte por joias mais discretas. Já as joias em estilo vitoriano complementam bem os looks mais simples.


Foto: Google Images



O estilo vitoriano é um clássico da moda e independe de tendência para ser usado. Mas, como é um estilo muito elaborado e com muita informação é preciso um pouco de cuidado na hora de adotá-lo.



Como sempre nós queremos saber: você gosta do estilo vitoriano? Deixe sua opinião nos comentários para o Sejamos Chiques.



O Que é Alta-Costura?

Assim como o termo alfaiataria (ainda não sabe o que é? Saiba aqui), o termo alta-costura é bastante ouvido em conversas sobre moda, e em grande parte das vezes, de maneira equivocada e errônea. Para você que adora moda, mas ainda não sabe exatamente o que significa alta-costura, o Sejamos Chiques não te deixa na mão e esclarece tudinho para você não fazer feio na hora de trocar aquela ideia sobre moda. Aprendamos:

Alta-Costura é o termo empregado para se referir à criação de modelos exclusivos, em escala artesanal, que em geral, contam com bordados e demais detalhes exclusivos, podendo inclusive levar metais e pedras preciosas; detalhes esses que são os responsáveis pelos altíssimos valores que as caracterizam, tanto que registros comprovam que somente 800 mulheres em todo o mundo possuem em seus guarda-roupas, criações de alta-costura.

O termo alta-costura surgiu em 1858 para definir o trabalho executado pela Maison do inglês Charles Frederick Worth que produziu o primeiro desfile de moda conhecido, onde modelos foram usadas para apresentar as roupas, ao invés de cabides, como era habitual na época.

Atualmente, na França, o termo alta-costura (que lá é conhecido como "Haute Couture") é protegido judicialmente e só pode ser usado por estilistas e empresas que cumpram determinados padrões e exigências bem definidas pela Federação Francesa da Costura, do Prêt-à-porter, dos Costureiros e dos Criadores de Moda, ou seja, NEM TODA A MODA PRODUZIDA NO MUNDO É ALTA-COSTURA.

Para que uma marca possa pertencer a este seleto e glamoroso grupo existem quatro regrinhas básicas:

- a marca precisa produzir peças feitas sob encomenda para clientes particulares;
- o atelier precisa estar localizado em Paris com pelo menos 15 funcionários trabalhando em tempo integral;
- precisa possuir somente 20 técnicos e
- apresentar duas coleções por ano à imprensa de Paris com pelo menos 35 modelos para o dia ou para a noite.

Apesar da exigência de se localizar em Paris, à algumas Maisons estrangeiras também é permitido o uso do termo alta costura, conferindo as mesmas, o título de "membros correspondentes". E há ainda aquelas Maisons que mesmo não podendo fazer uso do termo, são convidadas para os desfiles de alta costura, o que por si só já é uma indício de poderem um dia fazer parte do grupo. Abaixo, a lista completa dos membros da Federação Francesa e dos membros correspondentes:


Adeline Andre 

Foto: Google Images


Anne-Valerie Hash

Foto: Google Images



Chanel

Foto: Google Images


Christian Dior

Foto: Google Images


Franck Sorbier

Foto: Google Images


Givenchy

Foto: Google Images


Gustavo Lins

Foto: Google Images


Jean-Paul Gaultier

Foto: Google Images


Maurizio Galante

Foto: Google Images


Stéphane Rolland

Foto: Google Images


Giambatista Valli

Foto: Google Images


Azzedine Alaïa

Foto: Google Images


Elie Saab

Foto: Google Images


Giorgio Armani

Foto: Google Images


Valentino

Foto: Google Images


Versace

Foto: Google Images



Essa lista é revista pela Federação todos os anos, podendo sofrer acréscimos e até exclusões. Mas, o fato é que alta-costura vai ser sempre sinônimo de luxo, exclusividade e extrema qualidade.



O Sejamos Chiques adora saber a sua opinião. O que você acha da Alta-Costura? Deixe um comentário para nós.





sexta-feira, 1 de junho de 2012

Saiba mais sobre Givenchy: A Realeza da Moda

Logotipo da Maison. Foto: Google Images


O estilista Hubert-James Marcel-Taffin Givenchy nasceu no dia 21 de fevereiro de 1927 na cidade francesa de Bauvais. Filho do marquês Lucien Taffin de Givenchy e de Béatrice de Givenchy, seu avô dirigia uma oficina de tapetes na cidade. Muito cedo ele já demonstrava seu interesse pela moda. Aos dez anos, ao visitar uma exposição de figurinos dos mais famosos estilistas franceses, ele se identificou imediatamente com o universo luxuoso da alta-costura, contrariando o sonho de seus pais, que queriam vê-lo advogado. Não houve tempo para o Direito. Aos 17 anos ele foi direto para a Escola de Belas Artes de Paris e trabalhou com grandes nomes da moda - foi assistente de Jacques Fath, Robert Piguet (em 1946), Lucien Lelong, ao lado de Pierre Balmain e Christian Dior, e, mais tarde, em 1949, braço direito de Elsa Schiaparelli. 

Monsieur Hubert de Givenchy na década de 80 segurando uma de suas fragrâncias. Foto: Google Images


Abriu sua própria maison em fevereiro de 1952, localizada no número 8 da rue Alfred de Vigny, na Monceau Plain, a oeste de Paris, e o reconhecimento foi quase imediato, fazendo soprar um vento de renovação, adaptado às novas exigências das elegantes em viagem, após anos de um monopólio quase absoluto de Dior e seu New Look. Muitas das criações de Givenchy eram feitas com tecido de camisaria.

Blusa Bettina. Foto: Google Images


Em sua primeira coleção apresentou a blusa Bettina, uma homenagem à modelo Bettina Graziani, nome da sua principal modelo e também relações públicas da marca, e que foi uma de suas criações de maior sucesso. A blusa tinha a gola larga e aberta, e mangas que terminavam em babados de bordado inglês. Com este sucesso, a fama de Givenchy se consolidou. Suas criações eram luxuosas e com estilo, com nítida influência do estilista espanhol Cristóbal Balenciaga, e Givenchy jamais negou que o trabalho de Balenciaga o inspirava. Balenciaga e Givenchy se conheceram em 1953 e foram amigos até a morte do estilista espanhol, em 1972. 

Criações de Givenchy da década de 50. Foto: Google Images


Foi também em 1953 que Hubert de Givenchy conheceu a sua musa inspiradora, a atriz Audrey Hepburn, e passou a criar modelos para seus filmes, como Sabrina (1954) e Cinderela em Paris (1957). O filme Sabrina ganhou o Oscar de melhor figurino, assinado por Edith Head - a designer mais requisitada de Hollywood na época -, a qual não deu o devido crédito a Givenchy pelo famoso vestido de baile, usado por Audrey Hepburn no filme. Em resposta, a atriz exigiu que, em seus próximos filmes todo seu guarda-roupa fosse todo feito pelo estilista francês. Mas a imagem mais inesquecível da atriz norte-americana é a do filme Bonequinha de luxo, de Blake Edwards (1961), com um vestido preto longo, piteira e colar de pérolas.

Audrey Hepburn em sua pose mais famosa vestindo Givenchy. Foto: Google Images


Durante os anos 50, ele criou vários modelos de vestidos “chemisier”, na forma saco, largos na parte superior e afunilando-se em direção à bainha. Também fez muito sucesso com a criação de peças independentes e coordenáveis - pois, até então, blusas e saias (ou calças) só podiam ser usadas como um conjunto - e com as suas famosas blusas de tecidos de camisas. Givenchy foi o primeiro estilista de alta-costura a apresentar uma coleção de prêt-à-porter feminino, além de ter investido muito na perfumaria, com uma série de fragrâncias  que se tornaram icônicas.

Fragrâncias clássicas da marca: Le De, L'Interdit e Gentlemen Givenchy. Foto: Google Images


Sete anos após a marca ter sido vendida para a Louis Vuitton, o estilista francês se despediu das passarelas em 11 de julho de 1995 com um desfile para poucos, sob os aplausos de toda sua equipe e dos mais importantes estilistas do mundo sentados na primeira fila. Após a saída de Monsieur Hubert, três jovens estilistas ingleses passaram pela marca: John Galliano, Alexander McQueen e Julien McDonald, sendo que atualmente é o italiano Riccardo Tisci quem mantém viva a tradição, o requinte e principalmente o prestígio dessa que é uma das maiores grifes da alta costura. 

De cima para baixo, da esquerda para a direita: John Galliano, Alexander McQueen, Julien McDonald e Riccardo Tisci. Foto: Google Images


Porque como dizia o próprio Givenchy, “Sucesso não é prestígio. O sucesso é passageiro, o prestígio é outro assunto. Ele persiste depois da gente. É preciso trabalhar para não ter trabalhado em vão”. 






* Este texto foi compilado e adaptado para este blog a partir do texto encontrado no endereço http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/07/givenchy-o-mestre-do-mundo-fashion.html