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domingo, 20 de maio de 2012

Saiba mais sobre Balenciaga: o verdadeiro costureiro



“Um costureiro deve ser um arquiteto no design, um escultor na forma, um pintor na cor, um músico na harmonia e um filósofo na medida”. Com esta frase o mestre da alta costura, Cristóbal Balenciaga definia a profissão em que reinou como um mito por muitos anos. Não por menos, a marca BALENCIAGA se transformou em um dos supra-sumos quando o assunto é moda de luxo.

Foto: Google Images


Nascido na pequena localidade de Getaria, na região basca da Espanha, em 1895, Cristóbal Balenciaga Eisaguirre era filho de um pescador e de uma costureira. Formou-se alfaiate e, em 1918, juntamente com Charlottee Lee, abriu seu primeiro ateliê na cidade de San Sebastian. Em seguida, inaugurou unidades em Madri e Barcelona, onde atendia a família real e membros da corte do país. 

Foto: Google Images


Quando a Guerra Civil Espanhola começou, em 1936, o estilista se viu obrigado a fechar suas lojas e fugir do país, passando por Londres antes de estabelecer-se na França, país em que faria fama com seu jeito reservado, de poucas entrevistas e pouco contato com a imprensa, sendo um perfeito oposto-complementar de seu contemporâneo Christian Dior. Mas foi na “cidade luz” que Balenciaga marcaria para sempre a história da moda. Em 1937, quando ele inaugurou, no número 10 da Avenida George V, a CASA BALENCIAGA, seu estúdio, a França era permeada por um forte tema: o nacionalismo.

Criações de Balenciaga 1947/1951. Foto: www.metmuseum.org


A alta costura tinha nomes de todos os cantos do mundo. Por isso Elsa Schiaparelli, a rival de Coco Chanel, era a italiana; Edward Molyneux, o irlandês; Robert Piguet, o suíço e Mainbocher, o norte-americano. Obviamente, não demorou muito para que Balenciaga ficasse conhecido como “o espanhol”. Não demorou muito para o estilista ser celebrado por todos os seus concorrentes como o ápice da perfeição na confecção. “A alta costura é como uma orquestra da qual apenas Balenciaga pode ser o maestro. Todo o resto de nós somos apenas músicos, seguindo as direções que ele nos dá”. A frase é de Christian Dior e demonstra como o espanhol era visto dentro do mundo da moda. Outra de suas concorrentes, Coco Chanel, disse certa vez que o espanhol era “um verdadeiro costureiro, ele sim, sabia cortar tecidos e costurá-los com perfeição”. Todos os outros, incluindo a si própria, eram apenas desenhistas”.

Criações de Balenciaga 1959/1964. Foto: www.metmuseum.org


O trabalho de Balenciaga tinha como referência a cultura e a história espanhola, Além do trabalho de artistas como os pintores Diego Velázquez e Francisco Zurbarán. As criações de Balenciaga combinavam essas influências com o que há de mais elaborado em corte e costura – era exímio e ambidestro no manejo das tesouras e das agulhas. O resultado foi um estilo único, caracterizado pela audácia de volumes, a pureza absoluta das linhas e o rigor arquitetônico.

Criações de Balenciaga 1966/1967. Foto: www.metmuseum.org


Entre as coleções mais famosas do estilista está a de 1946, inspirada nas touradas espanholas, com boleros e bordados. Foi também em 1946 que o estilista lançou seu primeiro perfume chamado “Le Dix”. Pouco depois, em 1948, o estilista inaugurou sua primeira boutique. Mas, foi somente a partir do período pós-guerra que BALENCIAGA se tornou um estilista original e reconhecido. Em 1951, ele transformou totalmente a silhueta feminina alargando os ombros e removendo a cintura de suas criações. Em 1955, desenhou o vestido de túnica, que, mais tarde, virou o vestido chemise. Em 1959, seu trabalho se tornou um verdadeiro império, com vestidos de cintura alta e casacos cortados como quimonos.

Primeiro perfume lançado pela grife. Foto: Google Images


A aposentadoria dele em 1968 e sua morte, no dia 24 de março de 1972, fizeram a grife BALENCIAGA cair no esquecimento por muitos anos. Só em 1997, com a contratação do francês Nicolas Ghesquière, é que a BALENCIAGA voltou a respirar o ar da alta costura e do topo do mundo da moda. 



Os ícones modernos da marca, copiados em todo o mundo: a bolsa classic e a sandália gladiadora. Foto: Google Images



Atualmente, entre as criações de sucesso da tradicional grife, estão as bolsas “classic”, de alças duplas, com zíper formando bolsos frontais ou diagonais e a placa de identificação de prata; as sandálias gladiador; os sapatos plataforma muito altos de alma fetichista ao extremo; além de casaquinhos e paletós de cintura marcada. A grife também foi responsável por criar e confeccionar os novos uniformes da companhia árabe de aviação Oman Air.

Uniformes Oman Air. Foto: sassybella







* Este texto foi compilado e adaptado para este blog a partir do texto encontrado no endereço http://www.mundodasmarcas.blogspot.com.br/2010/05/balenciaga.html





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